No passado dia 11 de março, pelas 21h30 na Igreja Paroquial do Riachos, teve lugar uma Vigília de Oração pelos Sacerdotes e Diáconos da Diocese, promovida pela Pastoral Familiar, e preparada pela comunidade paroquial dos Riachos.
Numa noite fria de inverno, cerca de 80 pessoas estiverem reunidas a rezar pelo seu pároco, pelos padres e diáconos da sua comunidade, além de todos os que acompanharam a partir de suas casas, através da transmissão em direto na página do Facebook.
Presidiu a esta celebração o Bispo de Santarém, D. José Traquina, e os sacerdotes e diáconos que estavam presentes participaram na Vigília paramentados, sentados na assembleia, e acompanhados da família que o convidou a estarem presentes. A bonita imagem da assembleia, salpicada destes homens de branco por quem se rezava, era a de uma igreja verdadeiramente sinodal, que quer caminhar em conjunto.
Logo de início, o Frei Bento Domingues alertou para o facto de os “nossos padres não serem super-homens, por mais que às vezes esperemos isso deles”; e que pelo Batismo somos os braços de Cristo na terra e por Ele somos chamados a trabalhar pela salvação da humanidade, o que inclui sermos capazes de “confortar um sacerdote”, salvaguardando a sua saúde, o seu bem-estar e a de todo o seu rebanho. Seguidamente, D. José enfatizou que “a dimensão sacerdotal está em todos, [mas em] alguns chamados a uma entrega total, que importa valorizar neste tempo”. Esta valorização também passa por compreender que vivemos tempos em que “há menos padres e cada vez mais trabalho pastoral, o que requer sabedoria da distribuição do tempo” e que é na oração, individual e comunitária, e da presença e do encontro com o outro que vamos ao Encontro do Senhor, Aquele que nos transforma para amarmos mais e melhor.
Por fim, a equipa da Pastoral Familiar reforçou a importância das famílias viverem plenamente o sacramento do matrimónio e assumirem a missão de ser sinal visível de Deus no mundo, e de forma especial para os sacerdotes, que precisam desses sinais, assim como as famílias precisam que os sacerdotes e diáconos sejam sinal visível de Deus nas suas vidas. “Ser sinal de Deus é uma experiencia das pequenas coisas: do que se diz, do que não se diz, do que se faz, da forma como se faz, de como se escuta…”. Por outro lado, “as vocações nascem nas famílias, e para que os nossos filhos e netos venham a crescer acompanhados de bons sacerdotes, é importante que os padres estejam presentes nas nossas casas e nas duas vidas, para que eles possam dizer: quando crescer quero ser como ele!”.
Após a celebração, todos os presentes foram convidados a participar de um momento de convívio no salão paroquial, de forma a concretizar este desejo de acompanhamento mútuo, fruto de uma presença próxima entre as famílias e os sacerdotes e diáconos.