A palavra, a escuta da palavra com o coração e a vivência da palavra, sobressaem nestes dias como um mandamento de Deus. A liturgia relembra-nos estes ensinamentos, mas também as adversidades da vida, as confusões diárias e as controvérsias que geramos dentro de nós próprios, nos avisam de que devemos ter atenção ao que é realmente importante: a palavra bem escutada, bem meditada e bem vivida.
Escutar o que o Senhor nos diz a cada momento é alimento para a nossa alma. Ser mero ouvinte e não o colocar em prática, nada nos acrescenta ao caminho de santidade, ao nosso ou ao dos que nos rodeiam. E, como nos recorda Jesus, ter atenção às leis e aos preceitos, não tendo, porém, o cuidado com o nosso interior, com as más intenções (mais ou menos conscientes) que habitam em nós, afasta-nos dessa palavra.
Por isso, começando de dentro para fora, dos que nos são mais próximos para os que pouco nos dizem, ponhamos em prática uma rotina especial e que fará mais maravilhas que muito exercício físico ou boa alimentação (não que estas não sejam claramente importantes…). Escutemos verdadeiramente a palavra de Deus, sem as “nossas” interpretações individuais. Tentemos viver de acordo com o que nos é ensinado, dando exemplo aos que mais precisarem, aos mais novos e aos mais velhos, direta ou indiretamente, sempre com a docilidade que Nossa Senhora nos ensina.
E além desta grandiosa tarefa, porque não ir mais longe (ou mais perto) e aplicar este exercício de escuta entre nós? Entre pais e filhos, entre esposos, entre irmãos, companheiros, amigos e conhecidos… Com a palavra de Deus, aquela que Ele quer transmitir a cada um de nós em especial, bem enraizada no nosso coração e na nossa alma, as tais más intenções e dificuldades de entendimento que tantas vezes caracterizam os nossos relacionamentos, ficarão decerto atenuadas.